CCBB exibe retrospectiva do cinema ativista da alemã Monika Treut

16/03/2010

Entres os temas estão questões feministas, homoafetividade e reconhecimento por identidade de gênero.

Filmografia de Monika Treut em cartaz no CCBB até dia 21.

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, está em cartaz em São Paulo a mostra Guerreira das Imagens: Monika Treut. Com a presença da cineasta alemã em debates e sessões, a retrospectiva exibirá todos os seus catorze filmes – vários inéditos no Brasil – nos quais são retratados exemplos de superação, seja em lutas feministas, sociais, por identidade sexual ou políticas. Os destaques são “Generonautas” (1999), que retrata a comunidade de homens trans de São Francisco; “Guerreira da Luz” (2001), sobre  o trabalho da carioca Yvonne Bezerra de Melo; e “Fantasma” (2009), seu último longa, uma história de amor entre duas mulheres de nacionalidades bem distintas.

Monika Treut é um ícone do cinema independente alemão e destaca-se na cinematografia mundial. Além de abordar temáticas que agregam as comunidades LGBT e feminista, a realizadora também é singular em sua forma de produzir, o que justifica seus filmes serem considerados internacionais, buscando parcerias e coproduções em países onde as suas histórias acontecem, seja nos EUA, no Brasil ou, mais recentemente, em Taiwan.

O reconhecimento de Monika Treut é tão significativo que muitos de seus filmes estrearam em eventos importantes, como o Festival de Berlim e o Festival de Toronto. A cineasta ganhou várias retrospectivas em todos os continentes e, em 1999, recebeu o prêmio do público no Festival Mix Brasil, por “Generonautas”.

Temática

Cena do filme "Fantasma", que retrata o amor entre uma alemã e uma taiwanesa.

Nos anos 80 e 90, seus filmes passeavam em torno da sexualidade, de fantasias sexuais e de personagens marginais femininos. Na última década, entretanto, Treut começou a realizar uma série de documentários que retrata as mulheres e suas lutas sócio-políticas em diversos países do mundo. O Brasil também está presente em sua cinematografia com o documentário A “Guerreira da Luz” (2001), sobre a socialite carioca Yvonne Bezerra de Melo e sua dedicação ao Projeto Uerê, criado por ela, voltado para crianças carentes na periferia do Rio de Janeiro. Em seu último filme, “Fantasma” (2009), Treut volta ao gênero ficção e conta uma história de amor entre duas mulheres, da Alemanha e de Taiwan, com todas as dificuldades e os encantos das diferenças culturais.

Guerreira das Imagens: Monika Treut segue em cartaz no CCBB SP (Rua Álvares Penteado, nº 112, Centro) até o dia 21 de março. Os ingressos custam R$ 4,00 , R$2,00 (meia-entrada) e são gratuitos para algumas sessões.

Para mais informações, sinopses e programação completa, viste o site do CCBB.